27 de setembro de 2015

Saudade, seja ela, através da música, da embriaguez, ou das memórias. Mas que exista, saudade.

18 de maio de 2014

Mãe


Dos "Eu te amo" que me dissestes, quantos respondi? Pois bem, não me lembro. Quantos abraços e beijos eu retribuir? Pois bem, eu não me lembro. Mas tenho uma certeza que tu me falou que meu futuro seria belo, pois desculpa, em algum momento eu desacreditei... mas na verdade nada é fácil sem tua presença.

Mil novecentos e noventa e um.  Não lembro. Não chorei em meio ao caos. A quem culpar? As circunstâncias? A angústia?
Não sei. Eu não lembro.
Faltou esperança, não sou mais aquela criança linda e maravilhosa a quem tu escreveu e achou que eu seria. Desculpas, em algum momento eu perdi a esperança.
Eu falhei minha mãe, fui péssimo em tudo. Só fiz fugir, fugir de mim mesmo, principalmente. E olha, que naquele pequeno papel tu escreveu que eu formaria tua vida por completa.
Eu falhei. A dor ainda é grande, os choros em madrugadas de insônia são incontroláveis, mas são no silêncio desse quarto, para que onde queres que esteja, não possa me ouvir.

Eu não sei como explicar, mas não posso voar pra te acompanhar, aqui nunca foi meu lugar, me resta ficar olhando pro céu tentando te achar. Um dia vou te encontrar.
Aqui eu sou saudade, saudade que aflige e aperta o peito. Aqui eu sou aquele amor que nunca poderá ser entregue, memórias doces.
Mas ainda resta o desejo de te homenagear sendo quem querias que eu fosse.


17 de março de 2014

É difícil aceitar que você é medíocre. Os livros. Os filmes. As discussões. Nada disso te faz menos medíocre.

Não adianta se comparar com pessoas que você despreza para se sentir superior. Medíocre. Medíocre é. É genético. Não dá pra fugir.

E não se iluda com elogios. Eles são mais vazios do que a sua existência. Mais vazios que o seu ego. Não se sinta mal. Ser porra nenhuma é bom. Ria. Olhe para a sua tão bela e falha existência e ria.

15 de março de 2014

eu sei

Sabe quando a tristeza parece maior que alma,
e quando você gosta dela e a tem como melhor companhia?
Sabe quando chorar parece a coisa mais gostosa do mundo,
e quando as lágrimas guardadas por anos, finalmente volta a cair?
Sabe quando você teima em viver tudo que te impediram por uma vida inteira,
e quando você sente que o tempo que tem é pequeno pra viver tudo?
Sabe quando todas as histórias vividas até ali parecem sem sentido,
e você tem medo de que seja tarde demais pra viver algo com sentido?
Sabe quando as palavras lhe vem até a garganta,
e você se sente obrigado a engoli-las de volta?
Sabe quando você sente sua vida vazia, ver que a morte está logo ali, que você está a ponto de cair de um abismo,
mas mesmo assim você faz questão viver só esperando a morte chegar?
Sabe quando te abate aquela vontade de dormir, talvez por um ou dois anos,
mas a única opção que você tem é ficar acordado ou dormir para sempre?

eu sei.

11 de março de 2014

A Encontrei assim, tão perdida quanto aquela estrela brilhante lá no céu.

Em seu olhar, seus olhos castanhos escondia toda dor. E a melancolia que em sua alma, havia.

No álcool,  encontrava companhia para sua solidão.

Voava em linhas tortas, mesmo quando não estava sóbria.

Sabia exatamente onde caminhar, por mais estreito ou desconhecido que fosse a estrada.

Sempre achava um jeito de se encontrar. Por mais distante ou longe que estava a pensar.

9 de março de 2014

nada demais

Essa vida de só esperar acontecer está acabando comigo.
Eu passo o dia todo esperando pela noite, para quando a noite chegar, eu desejar que a manhã chegue logo. É estranho, eu sei, mas de dia nada de bom acontece, eu passo o dia todo esperando algo que eu sei que não vai vir, nem agora, nem nunca.

Até que a noite chega, e aí meus pensamentos começam a embaralhar e é nesse exato momento, que começo a enlouquecer, mas não enlouquecer de jogar tudo pro alto e sair matando todos (apesar de eu pensar nisso, muitas vezes). É uma loucura breve, coisa de minutos, e quando vou ver estou jogado do lado da cama, me perguntando o “por que” de eu ser assim, e a verdade, é que ninguém sabe, e talvez, lá no fundo, bem lá no fundo...

nem eu queira saber.

5 de março de 2014

Ultimamente as coisas não estão andando tão normais, tenho feito coisas meias esquisitas, tenho vivido e ao mesmo tempo não.

É como tu estar aqui, eu vivo, eu existo. E depois apenas sou eu, perdido. Normal. É como um sonho, aquele sonho que tu vê, sente, sente dor, fica feliz, e ao mesmo tempo sabe que aquilo não é real.

A vida é isso, sonhos.

Todos os dias são como dias que não tem o menor sentido, ou o sentido é apenas uma coisa que não vale tão a pena assim.

Tem vezes que eu sinto uma vontade enorme de sair por aí gritando, e dizer tudo aquilo que você precisa ouvir, mas em todas as vezes, eu acabo ficando calado, deitado, olhando pra coisas que já aconteceram, e que só voltam a acontecer quando eu volto a dormir.

É assim... você viaja, distrai, vive, e... e mais nada. Volta.

E se tu quer saber de todas as coisas que eu fiz, existe uma que ainda me faz viajar…

Você... tua presença.

ah... não tente me entender.